Uma amiga minha conheceu um rapaz lá no Facebook e, depois de vários likes em posts mútuos, a que rapidamente passaram para comentários palavrosos dos mesmos, com muitos e maravilhosos smiles à mistura, a relação avançou para mensagens privadas trocadas madrugada fora até atingir o clímax quando transitaram para a privacidade do chat. Foram horas, dias, enfim, duas semanas nisto, em que o perfil do rapaz era passado a pente fino: as fotos, vídeos, comentários de 'amigas', enfim, tudo era analisado para essa minha amiga ter a certeza que ele não era mesmo de se deitar fora, que não casado e, em última análise, que não se tratava um psicopata que de um momento para o outro começasse a escrever mensagens violentas no seu mural. Mas, cada vez mais segura de que aquele era o homem da sua vida, entregou-se a momentos de intenso romantismo, com confidências e palavras apaixonadas pelo meio. Por fim, conheceram-se ao final da tarde para beberem um chá num dia chuvoso como fazem os namorados. Ora foi no momento em que estiveram juntos dez minutos que o namoro terminou da parte dela com uma tirada do estilo "o problema não és tu, sabes, sou eu". Quando lhe perguntei como é que da noite para o dia terminara uma relação a que se dedicara tanto durante duas semanas, respondeu que ele a irritou porque fazia barulho a sorver o chá. Nada de novo, portanto.
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