terça-feira, 24 de março de 2009

Sylvia Plath poetisa.



a poetisa e contista estadunidense Sylvia Plath cometeu suicídio.

Nascida nos Estados Unidos em 1932, Sylvia foi um talento precoce: aos oitos anos uma poesia sua já era publicada em um jornal de Boston. Nessa mesma época o seu pai faleceu, o que deixou nela marcas profundas.

Sylvia sofria provavelmente de algum transtorno bipolar não diagnosticado na época. Também era muito inteligente: um teste de QI que ela fez em 1944 acusou 166 pontos. Seu sofrimento psicológico era tão grande que ela chegou a pedir aos médicos que lhe fizessem uma lobotomia o que, claro, não foi aceito.

Já uma escritora respeitada, em 1956 ela se casou com o também escritor Ted Hughes. Não foi uma boa decisão. Hughes era um narcisista mulherengo notório, e os dois tiveram um relacionamento conturbado, cheio de brigas que terminavam quase sempre com Sylvia queimando os escritos do esposo - e os seus próprios - em uma fogueira. Apesar disso, o casal teve dois filhos e o casamento durou sete anos.

Em 1962 Sylvia descobriu que seu marido tinha uma amante e o deixou. Mudou-se para Londres, onde alugou o apartamento de anteriormente tinha sido ocupado por W. B. Yeats. Mais depressiva do que nunca, escreve nessa época seu único romance, “A redoma de vidro”, praticamentre uma auto-biografia. Escreve também vários poemas que seriam editados somente em 1981. Em 1982 ela se tornaria a primeira escritora a receber o prêmio Pulitzer postumamente.

Em 11 de fevereiro de 1963 ela vedou o quarto dos filhos com toalhas, abriu as janelas e deixou leite com pão ao lado de suas camas. Desceu para a cozinha, tomou uma dose extra forte de narcóticos e deitou a cabeça sobre o forno com o gás ligado. Seu corpo só foi encontrado no dia seguinte quando a enfermeira contratada para cuidar dos seus filhos chegou para o trabalho.

Ted Hughes acabou ficando como vilão da história. Ele foi recebido com gritos de “assassino” em eventos literários durante um bom tempo. Os fãs de Sylvia o consideravam culpado pelo suicídio. Dizem inclusive que ele removeu, da coletânea publicada em 1981, poemas dela que se referiam a ele ou ao casamento mal sucedido.

Apesar disso, pouco antes de morrer, em 1998, Ted liberou para os filhos os diários que a sua ex-esposa escreveu desde que tinha 11 anos. Os diários foram publicados em 2000 e ajudam entender um pouco da alma atormendada dessa grande escritora.

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