O fenômeno de audiência de “Avenida Brasil” pode ser explicado por diversos fatores. Desde o foco na emergente Classe C até o texto bem elaborado de João Emanuel Carneiro. Mas as atuações têm sido marcantes.
E o folhetim global trouxe boas surpresas. Uma delas é ver Marcello Novaes, acostumado a viver personagens sarados e de bom caráter, mostrando uma nova faceta ao telespectador.
Max, seu primeiro vilão na carreira, é um dos personagens centrais da trama. E vai ficar cada vez mais evidência com o cerco se fechando contra ele e Carminha.
Em entrevista exclusiva ao Famosidades, o ator conta sobre o sucesso da trama e faz um balanço de 50 anos de vida, que serão completados em agosto. Confira!
O sucesso de “Avenida Brasil” é enorme. E Max contribui muito para isso. Para você, qual a diferença dele para os demais vilões de novelas?
MARCELLO NOVAES - Ele é malandrão, quer vida mansa. Sua ambição não passa pelo trabalho, pelo poder, ele quer curtir a vida sem precisar se esforçar. Ele não é ardiloso, maquiavélico, mas é uma boa praça sem escrúpulos.
Max é capacho e ao mesmo tempo comparsa de Carminha. Porém, ele demonstra que gosta mesmo dela. Para você, ele vai aguentar ainda a farsa que gira em torno dos dois?
Ele já está de saco cheio e quer uma oportunidade para sair fora. Ele tem todo um lado mais sexual que é explorado com a Carminha. Na verdade é essa química que os une.
Os brasileiros costumam confundir o personagem com o ator. Principalmente quando se trata de vilões. Já foi parado na rua por alguém que quis tirar satisfações?
Sou parado sempre! Mas com palavras carinhosas, com dúvidas sobre o destino do Max. A novela está fazendo grande sucesso. Isso consigo sentir claramente nas ruas.
A novela abordou trabalho infantil e adoção. Para você, qual a importância de falar desses assuntos em uma novela de horário nobre e que alcança boa parte da audiência brasileira?
Sou super a favor. No Brasil, a televisão e principalmente as novelas formam opinião no país. É um trabalho social em larga escala.
Seus filhos, Pedro e Diogo, já fizeram participações na dramaturgia. E, claro, estão mostrando interesse em seguir a mesma carreira do pai. Mas você até chegou a barrar um teste de Diogo para uma novela. Por quê?
Porque os estudos estão em primeiro lugar sempre! Eu converso muito com eles e exponho minhas experiências. Eles poderão escolher o caminho que quiserem, mas agora a prioridade é terminar os estudos e formarem seu caráter.
Então você é contra crianças que começam a vida artística muito cedo?
Não, sou super a favor. Desde que isso não atrapalhe os estudos, que no fundo vão formar a base dessa molecada e consequentemente do nosso país.
Adriana Esteves contou que com Mel Maia, intérprete de Rita quando criança, a cena ganhava fôlego. Como foi a experiência de gravar com uma criança cenas tão marcantes, como quando o Max a deixa no lixão?
As cenas com a Mel foram muito difíceis para mim. Eu ficava mal quando acabava. Eram fortes, chegava em casa arrasado, mas acho que isso fazia parte do que a direção esperava de nós. A Mel é um fenômeno como atriz mirim.
Você disse, em outras entrevistas, que teve que perder alguns quilinhos para estar na trama. É verdade?
Porque eu fiz o Max mais novo nos primeiros capítulos. Fisicamente, ele precisava parecer mais atlético, mais jovem.
Você completa 50 anos este ano, mas parece bem mais jovem. Tem algum cuidado com a pele, com o corpo, com a beleza? Se preocupa com isso?
Tomo geléia real todos os dias há mais de 10 anos. Me alimento bem e nunca deixei de fazer exercícios físicos. Isso é um prazer para mim. Outra coisa que talvez me ajude seja o fato que adoro dormir. Se estou com tempo, durmo bastante. Além disso, sempre surfei, jogo vôlei na areia, corro, faço jiu-jitsu. O esporte constante te traz boa forma física e saúde!
Um de seus personagens mais populares foi Raí, de “Quatro por Quatro”. De lá para cá, quais foram as maiores mudanças de Marcello Novaes pessoalmente e profissionalmente?
Todas possíveis! Espero ter crescido e aprendido como ator nesses anos todos. Pessoalmente tenho convicção que a experiência só me trouxe bens. Sou um ser humano muito menos ansioso, mais centrado e mais feliz.
Você se arrepende de algo que fez na vida?
Não me arrependo de absolutamente nada. Só tenho a agradecer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário