sexta-feira, 26 de junho de 2009

Todas as doenças que teriam atingido Michael Jackson.


Nos últimos anos, o artista só saía de casa com uma máscara cirúrgica. A proteção, além de evitar flagras nas manchas de pele e nas deformidades do nariz, também deveria protegê-lo do contato com microorganismos presentes no ar.

Desde males comuns, como dores nas costas causadas pelo esforço das coreografias, até uma grave doença autoimune, Michael penou para se manter de pé. Recentemente, a dependência química atrapalhava a rotina dele: viciado em analgésicos, passou mal várias vezes nos ensaios dos shows que realizaria em Londres. O exagero com os medicamentos, inclusive, é a suspeita dos médicos para justificar a parada cardíaca que causou a morte de Michael na quinta-feira, em Los Angeles (Califórnia). Veja abaixo os problemas de saúde que abalaram o cantor ao longo da carreira.

Vitiligo: no início dos anos 1990, Jackson revelou que tinha a doença. Segundo ele, o vitiligo era responsável pela transformação da cor de sua pele, que passou de negra à branca (não só pela baia na melanina, mas também por causa dos tratamentos que era obrigado a fazer). Michael passou a ser visto sempre com óculos escuros, luvas e roupas para se proteger do sol. Na época, levantaram-se suspeitas de que a mudança de sua aparência teria sido voluntária. O vitiligo é uma doença não-contagiosa, que provoca a perda do pigmento melanina e a consequente descoloração da pele, provocando manchas brancas pelo corpo, principalmente, nas mãos, face e genitais.

"A doença pode ser desencadeada por diversos fatores, como estresse emocional, ansiedade, traumas físicos e exposição a substâncias químicas", explica a dermatologista Mônica Carvalho.

Lúpus: em 2007, saíram as primeiras informações de que o Rei do pop sofria com a doença. A enfermidade não é contagiosa, mas é autoimune, ou seja, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos que atacam os próprios órgãos, atingindo dois ou mais ao mesmo tempo. Com sintomas semelhantes aos de inúmeras doenças, seu diagnóstico fica dificultado. Um flagra do cantor em agosto de 2008, sendo empurrado por seu segurança em uma cadeira de rodas, bastante magro e com sua inseparável máscara cirúrgica aumentou os rumores de que sua saúde estaria cada vez mais debilitada.

"Os principais alvos da doença são as articulações, as artérias, a pele, os rins, os pulmões e o coração. As manchas avermelhadas e bolhas na pele são sintomas, que pioram com a exposição ao sol. Quem tem a doença pode ficar com cicatrizes escuras no rosto, formando um desenho parecido com o focinho do lobo. Daí vem o nome Lúpus" , explica o clínico geral Flávio Dantas, da Unifesp.

Transplante de pulmão: em dezembro de 2008, pipocaram na imprensa as notícias de que o popstar teria que receber um transplante de pulmão com urgência. A boataria começou quando o biógrafo de Jackson, Ian Halperin, lançou a história de que o músico sofria de uma doença genética, chamada de anti-tripsina Alfa, que provoca enfisema pulmonar e hemorragias internas no órgão. Mais tarde, o porta-voz de Michael disse que o cantor gozava de excelentes condições de saúde.

Dependência química: em 1984, Michael precisou passar por uma cirurgia no couro cabeludo em decorrência de uma grave queimadura que sofreu durante as gravações de um comercial. O tratamento teria provocado a dependência do popstar por analgésicos. Mais tarde, o vício por medicamentos também contribuiria para que o músico desenvolve-se um quadro de hipocondria.

Dores na coluna, no peito e pressão baixa: o músico passou por diversas internações na década de 1990 com reclamações que variavam entre dores no peito, nas costas e pressão baixa, cujo problema fazia com que Michael tivesse frequentes desmaios. As dores na coluna seriam em razão da performace intensa do popstar nos palcos em seus melhores anos da carreira, com danças e passinhos que se tornaram sua marca registrada.

Câncer de pele: no início deste ano, surgiram boatos de que Michael seria vítima da doença. Embora não tenha sido oficialmente confirmada pelo artista. "Além da exposição excessiva ao sol, os tumores da pele podem estar relacionados a outros fatores de risco, como a exposição ao arsênico, a radiação ionizante, úlceras crônicas e doenças genéticas da pele" , diz a dermatologista Jackeline Mota.

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