segunda-feira, 1 de junho de 2009

Piloto de rota comercial viu 'pontos laranjas' no oceano, diz Aeronáutica.


Ele teria avistado pontos luminosos meia hora após Airbus informar pane.
O vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica brasileira, Jorge Amaral, confirmou no início da noite desta segunda-feira (1º) que um piloto de um voo comercial reportou ter visto “pontos laranjas” no meio do Oceano Atlântico cerca de 30 minutos após o Airbus da Air France ter emitido um informe de pane elétrica, às 23h14 de domingo. O voo AF 447, que partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris levando 228 pessoas a bordo, desapareceu após a pane, quando sobrevoava o oceano.
Segundo a Aeronáutica, pelo tempo decorrido, os pontos luminosos estariam em área monitorada pelo espaço aéreo senegalês. Os aviões franceses que fazem a busca do lado aéreo do Senegal, no entanto, não tiveram sucesso nas buscas e já teriam retornado à base.
Em nota, a TAM informou que na manhã desta segunda uma tripulação da empresa "avistou focos luminosos em alto mar, na rota entre a Europa e o Brasil, a aproximadamente 1.300 km de Fernando de Noronha". A empresa informou o caso às autoridades brasileiras.
A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou cinco aviões e dois helicópteros para o arquipélago de Fernando de Noronha com intuito de ajudar nas buscas pelo avião da Air France que desapareceu com 228 pessoas a bordo.
As operações prosseguirão durante a noite nesta segunda-feira (1º) . Já a Marinha informou que três navios de sua frota chegarão à região às 7h da manhã de quarta-feira .
“Temos que trabalhar com a possibilidade de sobreviventes sempre. Não podemos desistir de encontrar qualquer pessoa que seja, que pode estar agarrada a alguma coisa, por exemplo”, disse Amaral.
Brasileiros e franceses formavam a maioria dos passageiros. O voo AF 447 seguia para Paris e, aproximadamente às 23h do domingo (31), sumiu dos radares dos controles aéreos quando sobrevoava o Oceano Atlântico e atravessou uma área de turbulência .
O comandante do avião, segundo a Air France, tinha 11 mil horas de voo. Os copilotos tinham 3 mil e 6,6 mil.
A aeronave, que começou o procedimento de voo às 19h03 do domingo e decolou às 19h30, segundo a Aeronáutica, fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III) a 565 km de Natal, informando que entraria no espaço aéreo de Dacar, no Senegal, às 23h20 de Brasília, segundo a Aeronáutica.



Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura do Cindacta, as informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 11.000 metros de altitude e a uma velocidade de 840 quilômetros por hora.
Os controles aéreos civis brasileiro, africano, espanhol e francês tentaram estabelecer contato com o voo, mas não obtiveram sucesso.
Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o avião pode estar fora do perímetro brasileiro. “Se o piloto estava seguindo para Paris, a 800 km/h, ele estaria perto de pousar, cerca de quatro horas do procedimento de pouso. É muito provável que ele esteja no perímetro dos continentes europeu e africano.”

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