Cantor começa festejos de 50 anos de carreira neste domingo, 19.
Cem milhões de álbuns vendidos, 65 discos lançados - entre compactos, álbuns e coletâneas -, 5 DVDs, 10 filmes. Roberto Carlos é um cantor de superlativos, tanto que chega neste domingo, 19 de abril de 2009, aos 50 anos de carreira e 68 de vida dando início a um ano inteiro de comemorações. Maior cantor popular do Brasil e o artista latino-americano que mais vendeu discos em todo o planeta, não é a toa que Roberto Carlos, com seus "detalhes" e "emoções", é chamado de Rei.
Nascido no Espírito Santo, em Cachoeiro do Itapemerim - onde começa sua turnê comemorativa dos 50 anos de carreira - Roberto começou a cantar profissionalmente como crooner de um hotel em Copacabana, em 59, mesmo ano em que lançou seu primeiro compacto. Mas o estouro só veio com a Jovem Guarda, em 62, com a música "Splish Splash". Foi o ídolo da juventude brasileira até o fim da década, quando passou a compor e gravar músicas mais românticas, pelas quais é conhecido até hoje.
O sucesso de Roberto Carlos pode ser medido em números: ele foi o primeiro artista nacional a superar a marca de 1 milhão de discos vendidos, ainda na década de 70. Foram tantos discos de ouro, platina e diamante que, se colocados lado a lado, poderiam dar a volta no Maracanã.
De Cachoeiro para o Mundo
Mas não é apenas no Brasil que Roberto Carlos é Rei. O cantor já fez excursões internacionais e gravou discos em inglês, espanhol, italiano e francês. Várias das suas canções foram gravadas por artistas internacionais, como Julio Iglesias e Ray Conniff.
Roberto é também um ícone da TV . Começou a carreira na telinha em 65, com o programa “Jovem Guarda”, que ficou no ar por cinco anos. Na época, fez dez filmes para o cinema. Em 1974, a Globo apresentou, pela primeira vez, seu especial de Natal com Roberto Carlos. É uma tradição que se repete até hoje, sempre com a participação de convidados especiais
Roberto Carlos foi casado três vezes: com Cleonice, com quem teve Dudu Braga e Luciana; com Mirian Rios e com Maria Rita, de quem ficou viúvo em 1999. Foi o ano mais difícil da carreira do cantor, que não lançou seu disco anual de músicas inéditas nem apresentou o especial na TV Globo. Mas, depois de um período de reclusão, o Rei voltou a ativa e se renovou, chegando a se apresentar com um funkeiro, Mc Leozinho, em seu especial na TV.
De cabeça mais aberta, o Rei do século XXI admitiu sofrer de TOC – transtorno obsessivo-compulsivo -, começou a se tratar e voltou a incluir em seu repertório sucessos como “É preciso saber viver”. O cantor mais popular do Brasil chega aos 50 anos de carreira cada vez mais moderno. Declarou recentemente que é a favor de plásticas, do casamento gay e que prefere “ficar” a namorar. Pelo visto, seu reinado não vai acabar nem tão cedo.
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