A LÓGICA DA TRAIÇÃO
Desde 1998 a antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Mirian Goldenberg entrevista homens e mulheres para uma pesquisa ampla sobre infidelidade. Já foram ouvidas 1 279 pessoas e 60% dos homens confessaram-se adúlteros (e sabe-se lá quantos não tiveram coragem de contar à professora).
Todas as desculpas, das mais nobres às mais esfarrapadas, são invocadas para explicar esse alto índice. Alguns estudiosos culpam a testosterona, o hormônio masculino da agressividade (e da conquista). Outros afirmam que o sexo com diversas parceiras contribui para a perpetuação da espécie de qualquer ser vivo, e não apenas do homem, motivo pelo qual a monogamia é rara e até antinatural.
"Existem muitas razões para a infidelidade e todas passam pela necessidade de provar algo a si mesmo", acredita Oswaldo M. Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. "Alguns homens aprenderam que, para se sentirem machos, precisam trair." Para o psicanalista carioca Olivan Liger, ainda há resquícios de patriarcalismo nas relações - que resistem apesar de todas as conquistas femininas. "O compromisso do homem continua sendo com a capacidade de prover, não com o sexo. Há uma demanda quantitativa por conquistas sexuais."
Para os homens que ouvimos nesta reportagem, toda essa teoria tem outros nomes: tesão, novidade, mulher que não se cuida (sim, pasme!), instinto de caçador. Alguns, porém, seguram a onda, resistindo bravamente à traição.
Todas as desculpas, das mais nobres às mais esfarrapadas, são invocadas para explicar esse alto índice. Alguns estudiosos culpam a testosterona, o hormônio masculino da agressividade (e da conquista). Outros afirmam que o sexo com diversas parceiras contribui para a perpetuação da espécie de qualquer ser vivo, e não apenas do homem, motivo pelo qual a monogamia é rara e até antinatural.
"Existem muitas razões para a infidelidade e todas passam pela necessidade de provar algo a si mesmo", acredita Oswaldo M. Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. "Alguns homens aprenderam que, para se sentirem machos, precisam trair." Para o psicanalista carioca Olivan Liger, ainda há resquícios de patriarcalismo nas relações - que resistem apesar de todas as conquistas femininas. "O compromisso do homem continua sendo com a capacidade de prover, não com o sexo. Há uma demanda quantitativa por conquistas sexuais."
Para os homens que ouvimos nesta reportagem, toda essa teoria tem outros nomes: tesão, novidade, mulher que não se cuida (sim, pasme!), instinto de caçador. Alguns, porém, seguram a onda, resistindo bravamente à traição.
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